segunda-feira, 30 de novembro de 2015

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Noites

















E se eu vos dissesse que estas imagens ternurentas foram tiradas esta madrugada, no meio do desespero, porque sua excelência Dom P. acordou a chorar sem a chucha, e porque demorámos um bocado mais a encontrar a Sra. Chucha, a partir daí foi o cabo dos trabalhos para sossegar o rapaz que não dormia nem à lei da bala e berrava se eu não estava ali ao lado? :P

Dou-vos só estes números: 3,5 - 5. Adivinham o que é?

Nasceu!!

E pronto o dia hoje já deu uma reviravolta :) tornou-se, de repente, num dia imenso de alegria!

Nasceu a bebé da minha amiga S.

A S. é daquelas amigas com quem invariavelmente ando às turras.
É tipo amor/ódio há muitos anos lol
Mas é das Amigas boas que tenho, daquelas que sei com quem posso contar mesmo, sempre que precise, que vem logo a correr (mesmo que já não nos vejamos há séculos).

Amiga, provavelmente não vais ler isto, mas estou tão feliz por ti! :) Finalmente tens a tua princesa nos braços, aquela por quem tanto esperaste. Aproveita cada segundo desse ser que tens agora na tua vida. Vai começar uma viagem inesquecível de profundo e incondicional amor :)

Sejas bem vinda J.!!


Baptizado

O nosso lindo P. vai ser baptizado. Vai ser uma coisa simples e bonita, sem pretensões, só para a família, igreja seguida de um almoço de convívio. Para mim o baptizado é um momento espiritual, seja muito ou pouco católica. É daqueles momentos em que rezamos e esperamos que a partir daí haja algo, alguma entidade, neste caso Deus, ou o universo, já peço a tudo, que proteja a pessoa.
Gostei muito de baptizar o M., comovi-me. Espero gostar igualmente de baptizar o P. também.

Mas então... porque me infernizas a vida? Porque transformas uma altura que devia ser feliz, uma altura em que quero fazer as coisas de modo relaxado e a meu gosto, numa altura cheia de stress e tentativas de imposição da tua vontade?

Deixa-me esclarecer: não é o teu filho que vai ser baptizado, é o nosso.
Já tiveste o teu momento de vestir o que querias e ter os vários salamaleques que achas importantes para os teus filhos. Foi ao teu gosto, não foi? Então porque não, simplesmente, aceitar que os outros têm um gosto diferente do teu? Porque não aceitar que tudo ficará bem e estará bem, porque afinal o que interessa é a parte espiritual do evento?

Ou não?
Ou afinal são só as vestimentas dos convivas, o décor do sítio, a vestimenta do P. ....
Porque dizes mal de tudo e de todos?
Porque raio lutas tanto para estar de bem e zen com a vida, mas no fim é a coisa que não estás mesmo?
Não te sentes agradecida com nada. Se te damos um presente, perguntas porque não recebeste dois. Poderia dar mil exemplos, mas seria dar demasiada importância ao assunto.
Não te entendo. E cada vez te entendo menos. Não percebo as tuas prioridades, o teu modo de ver as coisas.
Cada vez mais quero distância. Preferia o oposto. Preferia a entreajuda, a proximidade, a cumplicidade, preferia sentir outro tipo de amor... Mas da tua parte não tenho nada disso. Pergunto-me se alguém tem.
Prejudicas a nossa harmonia e às vezes detesto-te por isso.
Às vezes é tão difícil...

Se há dias em que sinto uma raiva desmedida, há outros em que simplesmente me sinto triste e desgastada. Deixas-me ansiosa por antecipação.
Sinto-me triste por sentir que parte dos preparativos para um evento tão familiar, e supostamente unido, já não estão a ser tão felizes. Sinto-me triste por saber que nas minhas costas dizes mal, quando na verdade deverias ser tu a principal a proteger-nos e respeitar-nos.
Mas tudo revolve à tua volta, não é? ao teu umbigo, desejos e manias
.
Estou triste porque sei que no dia H vais andar a cochichar maldosamente.
Espero sinceramente estar acima disso e sentir-me acima disso, cheia de boas energias.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

A visão de um negócio

Confesso que às vezes não percebo as pessoas. Não percebo quem tem negócios, um produto para vender e acha que fazer publicidade nos media (leia-se facebook e afins) é perder tempo. Não percebo que não se perceba que publicitar o seu produto é dar a conhecê-lo e quanto mais as pessoas o conhecerem mais é a probabilidade de o adquirirem. Ou seja, mais probabilidade de vendas e lucro, a.k.a boa saúde do próprio negócio. Não percebo.
Não percebo quando uma pessoa se esforça mais do que o dono do negócio para divulgar o produto, o negócio, a empresa. Não percebo que o dono de um negócio não se esgatafunhe todo e a toda a hora para passar a palavra sobre os seus produtos e depois se espante por as vendas não serem nada de mais. Por alguma razão as grandes empresas têm uma secção só dedicada ao marketing, certo?

What am i missing here?

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Homeland - season 5

Sou fã acérrima desta série, que teve um crescendo em termos de qualidade de argumento e realização desde o início até à temporada 4, onde, na minha opinião, assisti à melhor série que já vi nos últimos tempos. A história foi atualíssima (combate ao terrorismo), e quem escreveu aquilo deve ter fumado a melhor erva que há por aí (e falado com muita gente que anda nesse mundo escondido da CIA, agentes, testemunhas e afins, etc, - sei que consultam muitas fontes para terem uma série credível - o que é ainda mais assustador... aquelas coisas acontecem realmente, nós é que não assistimos a elas) porque as cenas de ação, os diálogos e o percurso da história, foram fascinantes.

Nunca numa série, em TODOS os episódios, eu fui-me sentar a salivar à frente da TV e fixar os olhos nas imagens com tanta devoção como uma beata (das verdadeiras) na igreja. Nunca o meu coração pulou tanto de emoção ao ver as cenas de puro suspense dos meandros no Médio Oriente. A personagem da Carrie estava simplesmente fantástica e toda a história foi do mais brutal que já vi.
O tema tem tanto de assustador (infelizmente) como de fascinante.

E foi nesse tom - eu já me sentia eléctrica ao pensar como evoluiria agora a história - que comecei a ver a temporada 5. E... bahhh... Não devia ter as minhas expectativas tão altas... A temporada está a ser boa, não me interpretem mal. Boa história, boas cenas... Mas mais parada, mais cerebral. Não sei. Mas não ando no excitex normal. A série está boa... mas não espectacular como já esteve!!!! Anda a precisar de mais ritmo. O realizador e editor devem ter mudado. Só pode.

No entanto, Homeland forever!!!

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

14 meses

14 meses meu amorzinho safado.
Adoras palhaçada e se ouves risos e conversas animadas, ou ataques de cócegas ao teu irmão, és o primeiro a aproximar-te rapidamente e rir e guinchar de contentamento. Ficas super excitado com brincadeiras e mudas logo de humor se estás com birra e começamos a puxar pela brincadeira.
Apesar disso tem mau génio :) Se não gostas de algo vai tudo à frente (literalmente). Se não tens o que queres na horas, varres os brinquedos que tiveres à frente, choras zangado, queixas-te, deixas cair as coisas de propósito. Dá para ver quando não te agrada algo. Definitivamente.
Vemos-te bem, num futuro próximo, a estrebuchar num centro comercial porque não te demos o brinquedo que querias.
Se estivermos a comer não descansas enquanto não provares também, mas se não gostares não tens problemas em cuspir logo. Se nos aproximamos com a tua sopa viras logo a cara em desagrado, mas se gostares da 1ª colherada a coisa até marcha. Isto até quereres algo que viste na bancada, algo não podes ter, e então quase que vai o prato ao chão e o que estiver em cima da mesa...
És um safado com génio, bem mais temperamental que o teu mano. Se estamos em algum sítio interessante (como a sala, cheia de brinquedos) não queres estar ao colo, queres ir para o chão e resmungas até ires lá parar. Aí então és todo sorrisos, gostas de liberdade.
O teu passatempo favorito agora é ires atrás de balões, empurrares brinquedos pela sala enquanto vais atrás deles, pores-te de pé na mesa do M., empurrares pela sala a cadeira dele (o que te safa é que a cadeira tem proteções em baixo). Adoras ver livros e adoras quando encontras certos animais nas páginas.
Continuas a ser difícil de adormecer. Durante o dia lá dormes 2h (juntas ou repartidas) mas demoras quase outro tanto para adormecer (ok, exagerei, mas é mesmo muito tempo) e fazes a birra do costume, mesmo de olhos já fechados!
Se não estiveres doente dormes a noite toda o que é magnífico! Quando não é o caso temos de ir ter contigo 300 vezes.
Adoras colinho para passear e colinho para adormecer. Mesmo quando não adormeces nem por nada, gozas o momento, quentinho e seguro.
Estás na fase macaquinho de imitação. Tentas imitar tudo o que fazemos e já te ouvi tentar dizer "água". Saiu um "A---Gh" mas eu topei-te. Dizes papá e mamã, mas ainda não diriges as palavras só para nós. Se te pedimos para dar um brinquedo e não o queres dar, agarras-te ferozmente a ele! Mas se estás no meio de muitas coisas e estamos a arrumá-las (tipo brinquedos e legos) adoras dar tudo e "arrumar".
Não gostas de te vestir... Mal te deitamos achas que te vamos por a dormir e tu queres é explorar o mundo. Mas sempre que te mudamos a fralda adoras é explorar o que tens lá em baixo e não descansas enquanto não te dizemos o nome de tudo o que andar por ali: a fralda, sim... a pilinha...pois, a pernoca, o pé. Etc. E agora descobriste que todos temos um nariz e, de repente, parece que alguém nos arrancou o dito, tal é a forma como o agarras.
Quando brincas no chão fazes uma coisa engraçada: gatinhas para aqui e para ali e, a certa altura, vens ter comigo todo sorridente (que ando sempre no chão para te acompanhar e evitar que faças alguma asneira ou te aleijes), "trepas-me", faço-te uma festa, ficas 2 segundos e voltas a gatinhar e vais à tua vida. Pareces um cãozinho e farto-me de rir com isso. És um cachorrinho bem lindo!
Este teu primeiro outono não tem sido fácil para ti, na escola, a nível de saúde. Muitas viroses já apanhaste, que te põem o sistema em baixo e fazem com que apanhes outras maleitas. Nada de mais. Mas fazem a tua mãe descabelar-se com isso e sofre que nem uma Madalena arrependida.
Ainda não andas. Mas já te passeias alegremente quando te pegamos nas mãos.
És lindo meu fofinho. Tens uns olhos grandes e pestanudos, e umas bochechas e certas expressões iguais à tua avó paterna (e bisavô paterno) o que tem a sua piada... Ah tem 6 dentes neste momento e mais uns a sair, o que te leva a babares como um pequeno bulldog :P Por vezes vejo no chão pequenos fios de baba, o que faz rir, e o que faz que o M. diga "arghhhh que nojoooo!"
Mas o que me aquece mesmo o coração é ver que tu e o teu mano cada vez interagem mais. Há mais gritos e guinchos e risadas.
Adoro ouvir-te rir e guinchar!
Estou desejosa que chegue o verão e que estejamos todos de boa saúde a ir passear para o parque e para a praia, de camisola e calções.

Amo-te muito meu batatinha. Feliz mensário :D

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

The reluctant father

Dos relatos mais giros (e crus) sobre os primeiros tempos de paternidade. Na perspectiva de um homem, claro. Muito, muito bom!

É bom descobrir estas coisas na internet. Isto sim vale a pena.

http://thereluctantfather.com/


quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Momentos de ternura

M., enquanto lhe vestia o pijama para ir dormir.

Agarra-me a cara com as suas mãozinhas, faz-me festas, passa a mão pelo meu cabelo e diz:
- Não cortes mais o cabelo, mamã.
- Porquê? não gostas?
- Não... E não pintes mais também.
- Gostas dele castanho, é?
- Sim, sim, mãe linda.
- Está bem meu amor, a mamã vai deixar crescer o cabelo.

Dá-me uma beijoca sonora na cara e um abracinho daqueles que nos amolecem por dentro.

Isto de ser mãe de rapazes não é só tentar vesti-los enquanto eles andam a tentar lutar com alguém imaginário ou a dar golpes de karaté. É também esta doçura (e apelo ahahah).

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Team Kardashian

Sou definitivamente Team Kardashian. Adoro o reality show, entretém-me, faz-me não pensar em nada durante um bocado, faz-me sentir durante um bocado que também eu tenho rios de dinheiro e tudo à minha disposição e é tudo malta gira. Vês as fatiotas, as maquilhagens, as viagens, os dramas. Não acho que sejam fúteis, acho que se ganham tanto dinheiro é porque se matam a trabalhar e com esse trabalho e visibilidade geram ainda mais dinheiro. Acho que a malta tem é inveja das miúdas (e graúdas). Cá no fundo só espero é que com tanto poder ajudem quem precisa. Não me interessa se essa ajuda é visível ou não, só espero que façam algo pelo mundo em que vivemos.

E de volta à futilidade fantástica das vestimentas: muito se tem criticado este look da Sra. Kim. Pois eu acho um must! as grávidas não têm só de parecer maternais e púdicas. Porque não ser mega sexy e com gosto? Se se tem um evento onde se pode arriscar...why not? a vida é para se viver e arriscar. (só não adoro a maquilhagem mas não se pode ter tudo ahahaha)

Go Kim! és cá das minhas  :D


O melhor do meu dia...

... ontem (à espera da consulta do P., mas adiante...)
o P. a ver umas imagens de um livro (todo despedaçado!! crianças...) e... encontra uma imagem de um coelhinho - com pelo e tudo!!! E... é a excitação! agarra-se à página (já estava solta, prometo que não fui eu ou ele) deita a cabeça nela e fica ali agarradinho uns segundos lolll.
E passado um bocado volta a pegar na página e.... novo abracinho todo contente!
E depois de outras páginas, sempre que voltava aquela... abracinho de cabeça encostada, todo sorridente.
Opa... tantas beijocas levaram aquelas bochechas fofas! <3
É tão mas tão querido!


P.s. Há que dizer que o meu bebé lindo adoro coelhos. Tem um peluche em casa que adora e tem um livro cheio de imagens e quando chega a imagem do dito... já adivinharam? ;)

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Today...

... i feel defeated... the logistic, the lack of 100% help and goodwill, the illness, the sckedule, the job, the boss, everything...

Today i feel D E F E A T E A D...

Today i know i didn't act as soon as i should have. Bad mom, bad woman.


A Dra. A.

Agora tem sido médica todas as semanas. Ou por isto ou por aquilo.
Lá vamos a nova visita hoje. Só espero que o diagnóstico não seja muito grave e que, se for preciso, leve com antibiótico do bom para limpar aquela porcaria toda que lhe está a encher os pulmões, nariz, olhos... Raios partam o inverno. Odeio ver o meu pequenino doente.

P.: 13 meses.

Aqueles dias...


 ... em que faço de mãe e pai ao mesmo tempo ou me dá só para rir ou para chorar (diria mais para me descabelar toda). Aqui há dias...foi daqueles dias :P 
Parecia que estava a ver um filme.
No trabalho lutei arduamente para não adormecer em frente ao computador. Depois... correr para ir buscar o P., a rezar para que ele estivesse melhor da carraspana com que está, já lá vai uma semana. Estava tudo bem, ainda muito ranhoso, com muita tosse, não dormiu muito, mas sem febre. O relato comum a esta semana.
Em casa o M. chegou com o avô, a chorar por todos os lados. O avô tinha-lhe feito qualquer coisa ao desenho que ele não gostou e, em fúria, amachucou o desenho todo, a dizer que aquilo ia para o lixo, que ia mandar os desenhos todos dele para o lixo. E chorava chorava... Parecia que o mundo tinha acabado. Depois de uns abracinhos e de ir desopilar para o quarto dele, lá acalmou.
P. entretanto lá fez alguma fita para comer e tal, mas a coisa correu. Não estou habituada a gerir os 2 à noite, por isso estava meia desorientada. Gosto que estejam os 2 na cama cedo (as birras provam que é uma necessidade) mas nestes dias tem sido mais difícil. 
Contrariamente ao que é costume pus o M. a ver TV e levei o P. para a cama. Claro, mas CLARO! que logo nesse dia é que ele estava sem sono. Ao meu colo mexia-me na boca, no nariz, nos olhos, irritava-se se eu o prendia mais a ver se acalmava, e trinta por uma linha. Sempre que parecia amolocer, zás... olho aberto a mexer em algo mais. Nem o burrinho (peluche favorito para dormir) o acalmava. Ou então acalmava mas demorou horas a mexer nele.
E eu impaciente. A certa altura, achando que já devia ser tarde e que o M. ainda estava sem comer, apaguei a luz, dei mais um colinho rápido e disse "soninho P,, soninho" (a palavra-chave). E toca de o deitar na cama. Já fora do quarto e através da câmara vi o rapaz a rebolar-se, a choramingar, a pegar no burrinho meio desesperado.
Paciência. Hoje não há pão para malucos!
M. ao contrário do habitual é despachado com umas papas + fruta, lavar dentes, não há história hoje "e não quero birras aviso já!!" e "não fico muito tempo contigo na cama, a mamã ainda tem muito que fazer". Meio contrariado, lá aceitou as condições (fiquei surpresa), mas o meu ar devia ser tão decidido que a coisa até correu bem.
O outro manfio pequeno continuava na sua choraminguisse. Pensei: "não te vais safar de ainda ter de ir lá dar mais colo para ele adormecer". 
Mais uns minutos a dar mimos ao M., e qual é o meu espanto quando saio do quarto dele, olho para o relógio e eram ainda 21h!!! Nem queria acreditar!! como é que os tinha despachado tão depressa?? "Vou aproveitar e vou comer, arranjar as coisas deles para amanhã e vou DESCANSAR!!!".
Toda contente lá me sento a comer descansada.
21h20: P. tosse, acorda e começa a chorar. Passado um bocado vou lá, meto a chucha e deito-o para trás. Sossega e saio (embora note um mau cheiro no quarto mas como aquilo é tipo fraldário não ligo muito)
21h40: P. levanta-se a chorar de novo. Não pára e volto lá novamente. Acalma.
22h20: Ainda a meio da preparação das lancheiras com almoços e lanches, P. chora novamente. Desta vez à séria, olha para a câmara com cara feia.
De repente oiço o M. também a chorar...
Oh nãooooooooooooooooooooooo!!!!! Mas o que se está a passar aqui?? estão os 2 a conspirar contra a minha pessoa? Vou primeiro a qual??
Entro no quarto do M. que chora porque tem medo do escuro e não quer ficar no quarto escuro, quer-se levantar. Mas M., o teu quarto não está escuro, tens a luz de presença. Mas ele insiste enquanto o outro berra no quarto ao lado. Peço para ele se acalmar, que está tudo bem, que vai ficar ali um bocadinho que eu já volto porque o mano também está a chorar. 
Saio. O P. mal eu entro acalma, mas continua choramingas e quer colo. Desta vez cheiro-o melhor e desconfio que a razão que o tem mantido incomodado (para além da carraspana) é o maldito.... COCÓ!!! Cocó na fralda claro.
Enquanto o mudo ele já está todo satisfeito a querer puxar isto e aquilo que está espalhado na cama de apoio. Oiço o M. a chamar-me. E não se cala, parece um disco riscado.
Já em despespero dou-lhe 2 berros a dizer para parar, já lá vou. O irmão dá um salto quando eu falo. Fica a olhar para mim espantado. O M. chora baixinho...
Ó céus... why me?
Acabo de mudar a fralda ao P., endireito-o, aspiro-lhe mais alguma ranhoca (ou tento, que o sacana agora puxa-me sempre aquilo da boca), deito-o ao meu colo e digo "soninho, são horas de dormir, soninhooooo". E meto-o na cama com a luz já fechada. O desgraçado abre a goela nesse mesmo segundo, mas volto a dizer firme "soninho!" e fecho a porta devagar.
Claro que não tenho fé nenhuma e sei que ele vai andar a rebolar e chorar durante 1h... 
Mas agora de volta ao M. que entretanto saiu da cama e foi ao WC. Está na sanita.
O cocó está na ordem do dia, estou a ver...
Continua com a cara cheia de lágrimas e fico molinha quando ele me diz que estava a sonhar que estava num quarto escuro, tal como tinha acontecido com os Ninjago. Dou-lhe muitos abraços e beijos. Já passou...
De volta à cama deito-me junto a ele. Mais mimos e readormece num instante.
Quando minutos mais tarde espreito pela câmara... P. dorme sossegado. Nem sei como aconteceu.

E são 23h. E de volta para a cozinha acabar o que ainda falta.

Volta Mr. T,!!! estás perdoado! ;)

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Aborto

No passado defendi muitas vezes o movimento pró-escolha em relação às mulheres e ao aborto. Defendi com paixão o que ainda penso: que numa situação de gravidez indesejada a mulher deve ter todo o direito de livre escolha (de preferência em plena consciência). O corpo é dela, ela passará por tudo a nível físico e psicológico. Ela deve decidir.

Ainda penso assim. O que mudou foi a leveza com que agora falo sobre abortos, maternidade, crianças. O que mudou foi que dantes eu falava, como falam os médicos, em fetos e denominações do género; agora falo em bebé.

Quando não tinha filhos um feto de 20 semanas era um feto. Nem pensava nisso, não associava. Agora sei que muito antes das 20 semanas há um bebé dentro de uma barriga. Pode não estar todo formado, mas é um ser, é um bebé.

E depois de ver estas imagens ainda mais convicta estou de que o aborto (espontâneo ou não) deve ser das coisas mais difíceis pelo que o mulher passa. E deve ser, em caso de aborto não espontâneo, uma decisão que não se faça de ânimo leve. É uma vida que está em causa.

Podemos não a ver à nossa frente, mas está lá.

http://pt.aleteia.org/2015/03/16/o-bebe-que-esta-mudando-o-debate-sobre-o-aborto/