terça-feira, 23 de julho de 2013

Norwegian Wood

Comecei a sessão cinematográfica no fim-de-semana à noite, mas devido a sonos mal dormidos e ao facto de o filme ter uma primeira metade um bocado monótona... adormeci. Por isso a parte 2 teve lugar no dia seguinte, eu já mais desperta e na expectativa. Será que o filme iria continuar no mesmo registro e as minhas expectativas (bem altas) iriam ser goradas?
(tambores... trummmm trummmm...)
Não. A 2ª metade do filme foi muito boa! Ou era eu que estava bem mais acordada e atenta, ou, de repente, a dinâmica mudou. Mas, de súbito, a vida e os amores do protagonista (ou diria eu - o seu grande Amor, e aqueles com que ele o tentou substituir mas nunca conseguiu) tomaram vida. Houve grandes desenvolvimentos e a força da história emergiu.
O filme está classificado como dark romance e é-o efectivamente, bem ao estilo japonês. Tem amores intensos, viscerais quase, muito sofridos. Só vendo o filme. Não posso adiantar muito caso o queiram ver. Eu própria devo vê-lo mais uma vez. O filme tem demasiados fragmentos da vida do rapaz, das raparigas, da rapariga e dos restantes intervenientes. São muitas coisas para assimilar e acho que vendo mais uma vez conseguirei colar tudo e ter uma perspectiva mais global da história, entender melhor a perspectiva de todos eles. E é tudo tão dark e tão sofrido...
Mas lá está, o filme é baseado no livro do fabuloso Murakami que tão bem sabe sofrer. Escreve sempre tudo de uma perspectiva muito solitária, muita vinda da alma. Mas tem um coisa boa, excelente: o seu sofrimento é sempre muito belo. É essa a sua grande qualidade. Quase queremos sofrer como ele para termos em nossa posse tamanha beleza. E o filme traduz isso bem. Há beleza no sofrimento. No sofrimento romântico.
De resto, mais outra coisa fantástica a assinalar: a fotografia. Visualmente é um filme muito belo. Belas paisagens, bela luz, belos enquadramentos. Muito bonito mesmo.
E depois a curiosidade do título do filme. Foi tirado do nome da canção dos Beatles, baseado numa canção icónica que me ficou na cabeça, a trautear sem parar:

I once had a girl, or should I say, she once had me... 
She showed me her room, isn't it good, norwegian wood? 

She asked me to stay and she told me to sit anywhere, 
So I looked around and I noticed there wasn't a chair. 

I sat on a rug, biding my time, drinking her wine 
We talked until two and then she said, "It's time for bed" 

She told me she worked in the morning and started to laugh. 
I told her I didn't and crawled off to sleep in the bath 

And when I awoke, I was alone, this bird had flown 
So I lit a fire, isn't it good, norwegian wood.


Para ouvir:



Para ver:


Enjoy.

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