quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Buscar-te


O meu coração bate fortemente quando vou buscar o M. É a mesma sensação de quando estamos apaixonados, o que é muito engraçado. Ainda bate mais com a ansiedade de saber se está melhor sempre que ele fica constipado.
Mas até ontem ele sempre que me via sorria e pronto. Nada de mais. Houve 2 dias em que choramingou quando me viu sinal que interpretei como "ah aqui estás, vem dar-me mimos e nao te vás embora". Sol de pouca dura LOL Da maioria das vezes ele nem liga mto, o sorriso dele diz Olá, mas nada mais.
Mas ontem ele fez-me ganhar o dia. Quando fui lá (um bocado mais tarde do que o habitual e pensando q ele estaria a dormir) estava sentado, a brincar muito concentrado com os brinquedos. Como já é um menino crescido não quis dormir :)
E depois quando me viu...Ah até fiquei com a alma quentinha... Grande sorriso, a fazer "ahh dahh", e a estender os bracinhos para eu lhe pegar ao colo. Levou logo um grande abracinho e muito muitos beijinhos, enquanto soltava gritinhos de satisfação já pronto para mais brincadeira com a mamã.
Ai, ai... são estes os momentos que guardamos para sempre :)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Diário dos 6 meses










A partir de agora vou passar a escrever uma espécie de diário dos comportamentos do M. para não me esquecer, mais tarde, a que altura ele foi fazendo as coisas.

- Começou a comer sopa com carne (o que lhe anda de novo a criar alguma obstipação...)

- Quando quer coisas faz hummhuumm humm huuuummm.

- Adora fazer barulhos tipo brshhhh (e lá saiem imensos perdigotos lol, uma vez esteve o dia TODO a fazer isso)

- De barriga para baixo no tapete olha para todos os bonequinhos deste e quer agarrá-los ou metê-los à boca..

- De barriga para baixo se lhe acenamos com 1 objecto ele estica-se todo para o agarrar, as perninhas parecem começar a querer gatinhar.

- De barriga para baixo agita as pernas e levanta o rabiosque, parece dar coicezitos. (é tãoooo cómico hihi)

- No outro dia quando lhe estávamos a dar banho começou a agarrar a piloca e esmagá-la todo contente. Como quer sempre apanhar e ter algo na mão para agarrar... o que estava mais à mão era isso ahahahaha.

- Quando decide palrar diz mamamamamamamamamamam, dadadadadadadada, papapapapbabababhh

- Às vezes dá grandes suspiros lol

- Quando está ao colo não pára de olhar para todos os lados (menos para nós que o estamos a pegar ao colo)

- Gosta que cantemos para ele - sorri logo.

- Farta-se de rir quando repito "mamã".

- Quando lhe agarro as pernocas gorditas e pressiono fica com cócegas e começa a dar uma gargalhada ou outra.

- Quando está muito excitadex dá uns guinchos agudos.

- Quando está com sono vira a cara para o lado, na espreguiçadeira. É assim, para além de esfregar os olhos, que sabemos que está pronto para dormir.

- Quando está muito cansado engana à primeira vista, porque parece o contrário, que está a 1000, cheio de energia.

- Entrou na creche e teve a sua primeira bronquite e constipações. 


- Acorda várias vezes à noite porque perde a chucha.

- Já coloca muito bem a chucha na boca sozinho (mas não à noite...lol)

- Se tivermos um colar ou uma gola mais engraçada só quer mexer nisso e põe um ar muito concentrado :)

- É vidrado em telefones, telemóveis e comandos.

- ADORAAAA massagens depois do banho, fica quietinho e sorridente a gozar a massagem.

- Detesta que o vistam, protesta sempre imenso e por vezes chora muito sentido :)

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O início



















Já vos falei do meu bebecas? do meu dudu? do meu biduzinho? do meu goodinho? Acho que não... e está na hora.
Ora bem: no dia 29 de Julho de 2010 às 7hoo da manhã o meu menino lindo nasceu.

Confesso que os primeiros momentos com ele foram de incredulidade: estava ali um ser que era meu filho e que tinha passado 39 semanas na minha barriga e que, sem eu saber como - embora já tivesse visto vídeos de nascimentos de crianças -, tinha saído de mim.

A minha viagem com o M. começou de um modo calmo e controlado. Eu e o T. decidimos que era altura de ter um bébé (já não íamos para novos) e assim, que nem jovens inconscientes, lá começámos os treinos. Confesso que nunca pensei olhar para o teste de gravidez e que este desse positivo logo à primeira. Tenho amigas que demoraram algum tempo até isso acontecer e sinceramente pensei que seria o meu caso. Por isso resolvi respirar fundo, gozar os treinos e não pensar muito no assunto. Provavelmente foi esse descanso todo que deu frutos tão cedo.
No dia em que fizemos o teste e este deu confirmação nem sabíamos o que dizer, só nos riamos nervosamente. Meu Deus!! Íamos ser pais. Tinhamos concebido uma criança.
Mas será que o teste estava mesmo certo? Fizemos novo teste passados 2 dias. Nova confirmação!
E com 6 semanas lá estava eu no médico para confirmação médica. Tudo óptimo: via-se um feijão com um coração a bater. Surreal!

Quando a barriga começou a crescer eu nem queria acreditar. Era incrível ver-me a mim de barriga. Nunca pensei muito em ter filhos e ver-me assim ao espelho... Nem sabia muito bem o que era ser mãe. E como seria eu como mãe? seria desprendida? ou seria mãe galinha? a vida ia mudar assim tanto?
Ainda chorei algumas vezes à noite quando comecei a ter noção da responsabilidade, da mudança radical que ia acontecer na nossa vida. Comecei a entrar em pânico. Pensei para mim própria: não estou preparada para isto! o que fui eu fazer...
Mas passados os medos iniciais o entusiasmo instalou-se e eu sentia-me uma priveligiada. Estava grávida! As pessoas olham para nós sorridentes e eu sempre gostei muito de receber atenções por causa da barriga.
Nunca percebi porque é que há mulheres que não gostam de festas na barriga. No fundo as pessoas estão a celebrar e a dar mimos no nosso bem mais precioso. É uma atitude de que sempre gostei imenso e até achei que podia ter recebido mais festas, mas penso que as pessoas têm medo de nos incomodar. Pois fica aqui registado - eu gosto! São mimos muito bem-vindos.

Numa 2ª feira à noite o M. resolveu começar a sair da sua redoma líquida e quente. Depois de uma gravidez normalíssima, saudável, sem enjoos ou peripécias, com as ansiedades normais de grávida de primeira viagem, com os pontapés deliciosos que comecei a sentir mais a partir do 6º mês, com a barriga a ser comicamente sacudida pelo espreguiçar do meu bébé, pelos tremeliques de 10 minutos do meu bidu a soluçar... uma bela noite de segunda-feira as águas romperam.
Estava sentada a ver televisão e quando me ia a levantar senti um estalo dentro da barriga. Assustei-me, não sabia o que tinha acontecido e se o bébé estava bem. Passados uns segundos, quando fiquei mesmo de pé, começo a sentir um líquido quente a escorrer-me pelas pernas. As águas tinham rompido! Não era daquelas grávidas que começam normalmente com dores, a contarem as contrações, etc, e que eventualmente lá vêem as águas rompidas. Eu comecei pelo fim - romperam-se-me as águas e só mais tarde vieram as dores.
Já tinhamos as malas feitas, mas com tanta nervoseira nem quis tomar banho e vestir algo novo. Não estava para grandes relaxamentos. Mas tive de ir ao WC fazer tudo e mais alguma coisa. A adrenalina dá para estas coisas....
Chegámos ao hospital 1h depois. Fui vista e fui colocada na "sala da dilatação", nome lindo e certamente adequado ao que aconteceu depois. Passada outra hora, e já com algumas dores semelhantes às dores chatas de período, não dilatava. Nada. Também confesso que não facilitava a vida à enfermeira de serviço. Digam-me lá quem é que gosta dos famosos "toques"?? Eu não...

Entretanto lá me deram a droga para acelarar a dilatação. As dores lá se foram sucedendo e quando já estava a começar a custar bastante deram-me a bendita epidural. Mas... os minutos iam passando e eu de alívio não tinha nada. Tinha dores fortíssimas na barriga, das contrações, mas ninguém me levava muito a sério, dado que já tinha levado epidural. O pobre do T. lá aguentou os meus palavrões e respirações muito profundas de modo a controlar as dores.
Passadas algumas horas em sofrimento (eu já pedia para me fazerem cesariana) lá chegou o meu médico. Já era de madrugada do novo dia. Para seu espanto eu tinha dilatado rapidamente e o parto ia ser daí a minutos, segundo ele verificou. Mais tarde foi-me explicado o porquê das dores imensas apesar da epidural: como a dilatação foi muito rápida com a droga, a epidural não a conseguiu acompanhar. Mas felizmente no momento em que eu fui encaminhada para a sala de partos, o efeito começou a surtir e, quando eu já estava a fazer força para o bébé nascer, tinha o corpo da cintura para baixo todo anestesiado, embora sentisse o suficiente para fazer força. Apenas não doía nada.

Tenho a dizer, dado que eu própria perguntava isto a pessoas que já tinham tido filhos, que no momento e nas horas que antecedem o parto, não sentimos medo. Simplesmente vivemos o momento, a adrenalina entra em cena e primeiro tentamos controlar as dores. E depois tentamos fazer o melhor que podemos e o que o médico diz para ver se a criança sai bem e em segurança. Nâo há muito tempo para pensar, apenas para agir; é tudo automático.

Não senti a cabeça do bébé a passar. Mas senti o corpo dele a escorregar pelo meu afora. É uma sensação incrível, diferente de tudo o que já senti. Depois foi tudo um blur. Passou muito depressa. De repente o bébé estava ao meu colo, não lhe via a cara, só a cabeça, o corpo todo branco e enrugado (como se tivesse estado, e esteve, semanas em água) e a cabeça toda vermelha (do esforço). Mal começava assimilar o que estava a acontecer e já o estavam a passar para uma zona quente onde o deitaram, fizeram os testes necessários e o vestiram e aqueceram.
Entretanto eu era cosida (não senti nada, epidural santa!), conversava com o médico e com o T., e ia olhando para trás onde via mexerem no meu menino. Ouvia-se um chorinho, parecia o de um gatinho esfolado.
Quando tudo estava a postos meteram-no ao meu lado, era um ratinho cheio de cabelo a ficar mais seco. Não lhe vi a cara durante algum tempo. Não me conseguia mexer e só lhe via o topo da cabeça. Quando cheguei ao quarto as enfermeiras pediram-me logo para lhe tentar dar de mamar. Assim ele sentiria o meu cheiro e treinava logo o reflexo de sucção; quanto mais cedo melhor. E que reflexo tinha ele! Ao fim do dia já eu tinha os mamilos em ferida... (ninguém nos diz a tortura - literalmente - que é dar de mamar nos primeiros 10 dias... isso dava mais um post só sobre o assunto, mas não quero maçar ou assustar ninguém).

Mas o meu filhote era uma coisa linda e pequenina. Abriu os olhos logo nesse dia. Tinha um ar indefeso e refilão de fome. Ia chorando de vez em quando, ia dormindo, ia estando ao meu lado. Tinha umas mãos e pés grandes e agarrava-nos com força.
Ele era meu, nosso.


Mas apesar do que se lê em livros ou do que se ouve de mulheres que já foram mães e só contam a parte cor-de-rosa, não tive aquela sensação de adoração completa quando olhava para ele, aquela sensação de "ah olhei para ele pela primeira vez e fiquei agarrada para o resto da vida". Acho que as mulheres no geral exageram um bocado nessa parte, de tão perfeito que querem que o momento seja. Quer dizer, acredito que se for um filho muitíssimo desejado e por muito tempo (por exemplo), a sensação ao vê-lo seja essa. Mas de contrário, não nos podemos esquecer de que é um ser estranho, um desconhecido que de repente entra na nossa vida e exige mamar a toda hora, exige atenção e plena (!) dedicação. Mesmo sendo um filho desejado nada nos prepara para o choque de exigências. O amor incondicional pelo nosso filho, o orgulho imenso sempre que ele sorri ou faz alguma gracinha vem com o passar do tempo. Começamos a conhecê-lo e ele a nós. E queremos mais!

O primeiro mês é simplesmente de arrasar... Embora nos digam de antemão o quão cansativo é dar de mamar de 2 em 2h ou 3 em 3h, uma coisa é o que nos contam, outra é o que sentimos quando passamos por ela. E, acreditem, é tãoooo cansativo! Mesmo muito! Porque ninguém se lembra de que isso acontece 24h por dia durante pelo menos 1 par de meses. O não conseguir dormir mais de 2h seguidas tem efeitos terríveis no humor, na percepção das coisas, na lucidez de uma pessoa. Afecta-nos a nós e ao nosso parceiro. Deixamos de ter tempo para nós próprios e para a nossa relação. Existimos exclusivamente para dar atenção áquela criança. E esse dar exclusivo de nós próprios custa muito ao início, principalmente se estamos na casa dos 30 e estivemos 30 e tal anos a ser "egoístas" e a só termos de nos contentar a nós próprios.
Quem disser o contrário parece-me que... se quer enganar a si próprio. Simplesmente tenta camuflar a realidade para "não parecer mal". Mas não quero falar em nome de outras mães. No meu caso foi assim.

O meu filhote ainda teve foi a infelicidade de ter uma infecção urinária (pouco usual em rapazes). Provavelmente estava muito calor e ele desidratou, provavelmente quando ele nasceu eu já tinha uma infecção e passei-a para ele, etc, etc. Nunca o saberei. Ficou apenas a angústia de saber que algo não estava bem com o meu pequenino e de ter custado tanto a diagnosticar o facto. Tinha 15 dias quando tomou o seu primeiro antibiótico. Sentimo-nos tristes, preocupados e impotentes por isso acontecer tão cedo. Mas ficamos felizes de perceber que o bébé começa a recuperar o peso e a fome, e finalmente está a 100%.

O 2º mês começa a trazer alguma luz ao fundo do túnel. Sentimo-nos um bocadinho mais competentes. O bébé começa a comer mais espaçadamente, mas as cólicas aumentam e não sabemos o que fazer com o choro ininterrupto. O bolsar é uma constante... Cheguei a mudar a roupinha dele 3 vezes seguidas!!
Mas começamos a entender melhor o bébé e a consolá-lo quando ele precisa. Começamos a fazer ouvidos moucos às várias vozes que nos "aconselham" a não dar muito colo à criança porque vai ficar "mal habituada". Começamos a perceber que se não dermos mimos e colo nessa altura em que eles tanto precisam, quando vamos dar? Começamos a ver o quão especial é sentirmos que o nosso bébé se acalma com a nossa presença, cheiro e voz. Somos especiais e vitais para ele e isso torna-nos ainda mais protectoras.

Entretanto o bébé vai crescendo e começam os sorrisos. Já não me lembro de quando foi que o Miguel sorriu pela primeira vez, mas sei que foi muito cedo. Desde que nasceu ele sempre foi muito expressivo. E muito "falador". Lembro-me de ele ter 1 mês e à noite não dormir nem por nada, de estar no berço às 3h da manhã, nós a queremos dormir e ele alegremente a dizer "uhhh...uhhhh" com uma vozinha fininha. Apesar de estarmos muito cansados dava imensa vontade de rir. Como é que uma amostra de gente daquelas já mostrava tanta energia?

Tenho vários momentos especiais de que me lembro com ele. Momentos que marcaram a minha licença de maternidade:
O seu primeiro biberon; as suas primeiras fraldas maiores; a vez em que saiu cócó disparado para o meu vestido; os primeiros banhos em que chorava desalmadamente; as vezes em que o acordava à noite para dar o biberon e ele ficava todo zangado (eventualmente deixei de o fazer porque o que ele queria mesmo era dormir e assim estava a estragar um bom hábito); quando o embalava para dormir; quando lhe dava colinho e mimos para o consolar das cólicas; quando às 6h da manhã cantei para ele o Balerina do Elton John (que estava a dar na Oprah) e ele se fartou de sorrir; quando o deitava em cima da cama para lhe mudar a roupa e ele era só sorrisos e sons num dançar de grande excitação...
Tantos momentos...
Parece que passou uma vida. E ainda só passaram 6 meses.

E agora é a locura completa pelo meu bébé lindo. Estou apaixonadíssima por aquele pequeno ser, aquele corpinho lindo, aquelas bochechas fofas, aquelas perninhas michelin, aquele rabinho pequenino, aquela barriguinha que é alvo de tantas beijocas que o fazem soltar gargalhadas. O som das gargalhadas do nosso filho é a coisa que mais ansiamos ouvir. É por elas que fazemos as figuras mais parvas que nunca pensámos vir a fazer.

É mágico quando eles começam a ter percepção das coisas. Quando o vemos reconhecer o livro X daquela prateleira, a começar a ficar excitados quando vêm o seu biberon cheio de leite, quando começam a rebolar no chão, quando começam a querer apanhar objectos, quando chegamos a casa e eles sorriem para nós. Por mais cansados que estejamos, o dia começa sempre bem quando o nosso pequenino nos brinda com um sorriso bem-disposto (mesmo que tenha chorado copiosamente a noite toda). Só queremos é tirá-lo da cama e dar uma belo abracinho áquele ser que gosta tanto de nos ver.

Pela primeira vez na vida somos realmente importantes para alguém (à excepção provavelmente dos nosso pais que sentiram o mesmo que sentimos agora). Alguém que só quer a nossa atenção e mimos. Por causa disso aturamos birras e choros intermináveis que nos deixam a cabeça em papas. Por causa disso esquecemos depressa a exaustão que se instala periodicamente e que nos deixa a chorar, às vezes, a meio do dia e sem aviso.

Nunca pensei que ser mãe fosse tão dificil (e ainda vai a procissão no adro), mas também nunca pensei vir a gostar tanto de o ser. A baba escorre-me e enche litros e litros de bidons. Cada vez mais me sinto inebriada com o meu bébé. Preciso dele. É ele que me dá a maior alegria da minha vida. Já era feliz e estava satisfeita com a vida. Mas agora estou infinitamente mais!
Sou mãe super meiga, super preocupada, super galinha. E rio-me disso tudo porque seja o que for sou mãe da coisa mais fofa do mundo, do ser mais sorridente e vendido que tenho conhecido.
Não me importo que as atenções vão todas para ele, que as prendas de Natal vão todas para ele. Eu já tive esse mesmo tempo de antena, agora é a vez dele. Gosto que os avós o apapariquem, que se babem também com ele.
Vi em primeira mão a alegria que uma criança traz no seio de uma família. Não nos vamos iludir - também traz alguma discórdia, discussões e stress. Mas a alegria é tanta que compensa tudo.

O meu bonequinho já se começa a sentar. Já vai atrás dos objectos que quer. Toca em tudo, quer por tudo à boca, palra muito, irrita-se quando o vestimos e protesta, quase salta de contente quando vê a papa, fica muito curioso quando nos vê falar ao telefone, quer trincar-nos o dedo, adora o banho onde fica calmamente a ser lavado e a tocar na água ou brincar com algum boneco, acorda às 5h30 da manhã a palrar alto e bom som porque já não quer dormir mais.

Enfim... há tanta coisa para dizer mais. Um mundo de coisas que acontecem todos os dias e que são tão especiais. Pequenas grandes coisas. É simplesmente fascinante ver o desenvolver diário de um bébé, do nosso bébé. Acho que aprendemos a apreciar mais as coisas. Aprendemos mais nós com ele do que ao contrário.

Adoro, adoro, adoro! Agradeço às estrelas todas do céu, a Deus, ao destino, ao cosmos, a seja o que for que me permitiu ter um filho. Ainda bem que não desperdicei a oportunidade de ser mãe, de me dar incondicionalmente a um pequeno ser.
Olho agora a vida e as crianças com outros olhos. Quando vejo bébés na rua sorrio e penso mais uma vez no M.. Ele também vive nos outros bébés que vejo. Consigo agora brincar e relacionar-me com crianças. Sem medos. Sem me sentir constrangida. Não sei do que tinha medo.

Ser mãe do M. foi a coisa mais cansativa, que mais preocupações me tem dado, que mais esforço e dedicação tem exigido de mim. Mas tem sido também a que mais alegria e satisfação me tem dado. O cliché de amor incondicional é mesmo verdade. E vai crescendo com o tempo.
Ser mãe do M. foi a melhor coisa que me aconteceu na vida. Vivo e respiro para ter um sorriso dele e lhe passar a mão por aquela cabecita redonda e com algum cabelito.
Obrigada meu duduzinho lindo! :)